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quinta-feira, 17 de abril de 2008

Marcas devem comunicar esperança

ORGANIZANDO IDEIAS

tomando medicamentos....

Mike Byrne mostra que a criatividade transcende a propaganda tradicional

O fio condutor da apresentação do norte-americano Mike Byrne, último convidado internacional da 22ª Semana da Criação Publicitária, nesta quinta-feira (17), não foi nada mais do que a esperança. O criativo, que é sócio fundador da agência Anomaly, de Nova York, mostrou que este sentimento que move toda a raça humana também deve estar presente na essência das marcas e da sua comunicação. "Na minha visão pessoal, se você [o publicitário] não traz esperança para as pessoas através da marca então você não está fazendo o seu trabalho direito", afirma Byrne.

Byrne resgatou experiências que teve como diretor de criação da Wieden + Kennedy, em Portland, Oregon, nos Estados Unidos, onde passou a orientar toda a sua carreira para dar esperança para as pessoas em trabalhos desenvolvidos na época para a marca Nike. Apenas com o foco em um modelo de comunicação que priorizava as experiências das pessoas e a sua esperança pela superação de limites ou por viver de forma plena, Byrne percebeu que a criatividade ganhava força capaz de transceder a propaganda pura e simples. E foi diante disso que resolveu criar o seu próprio negócio chamado de Anomaly não por acaso. "Na definição Anomaly quer dizer que foge à regra, escapa de uma certa regularidade", afirma Byrne.

O profissional afirma que não deixa de fazer propaganda, mas acredita que o futuro da comunicação está em idéias simples e espontâneas que levem esperança para a vida das pessoas, mesmo que estas idéias não sirvam para aplicação em campanhas com filmes na TV, com anúncios e outros meios. Foi assim com o grande case de sua agência demonstrado no evento e que data do ano passado, especificamente da semana em que o iPhone da Apple foi lançado.

Uma equipe da agência se posicionou dez dias antes do lançamento na porta da loja, fazendo revesamento entre si, para garantir o primeiro lugar. Eles queriam comprar o cobiçado produto para colocar em leilão e reveter o valor adquirido para a campanha Keep a Child a Live, que cuida de crianças com Aids na África. Toda a cobertura da mídia que estava falando sobre o produto e o interesse das pessoas em adquiri-lo, acabou por dar visibilidade à nobreza da idéia da agência. "A idéia foi aplicada com investimento de US$ 600", diz Byrne. "O preço do iPhone e mais alguns cartazes, porém estivemos o tempo inteiro na mídia e levantamos a discussão sobre o problema". Para Byrne, é este tipo de campanha que está inserida na comunicação do futuro.

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